Foto: Cpers (Redes Sociais)
Um grupo de servidores bloqueiam os acessos à Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, desde o início da manhã. A intenção dos servidores é impedir a votação da reforma do IPE Saúde, que está marcada para ser apreciada pelos deputados estaduais na sessão desta terça-feira, às 14h. A presidência da Assembleia convocou uma reunião com os líderes das bancadas em outro local, no Memorial do Legislativo, próximo da sede da AL. O Piratini também convocou sua base aliada para discutir estratégias.
A polêmica reforma do IPE Saúde apresentada pelo Palácio Piratini foi enviada em regime de urgência, ela deve ser votada no mesmo dia para não trancar a pauta das demais matérias.
Apresentada com objetivo de equilibrar o déficit de R$ 36 milhões ao mês, a reestruturação do IPE tem recebido muitas críticas de servidores e também de deputados da oposição, principalmente pela cobrança de mensalidade dos dependentes, que varia entre R$ 49,28 (até 23 anos) e R$ 439,16 (acima de 59 anos).
Já o titular do plano, além da alíquota passar de 3,1% para 3,6%, pagará contribuição diferenciada de acordo com a idade. Os valores vão de R$ 219 (até 18 anos) a R$ 1.254,75 – faixa acima de 59 anos. Também o percentual de exames e consultas sobe de 40% para 50%. O governo disponibilizou ontem uma página com detalhes da documentação sobre a reforma.
Os servidores reclamam que quem ganha menos será mais penalizado com as mudanças. Na última quarta-feira, quatro comissões do Legislativo gaúcho promoveram audiência pública para debater as alterações do plano.
Funcionários do Estado, os vereadores santa-marienses Helen Cabral (PT), João Ricardo Vargas (Progressistas), Coronel Vargas, e Paulo Ricardo Pedroso (PSB) estarão na Capital para acompanhar a votação. Apesar da pressão, o governo Eduardo Leite (PSDB) deverá ter votos suficientes para aprovar as mudanças.